quarta-feira, 9 de setembro de 2009

APRENDENDO A DESAPRENDER


Hoje na aula de TTP 3 (Teorias e Técnicas Psicoterápicas), tive a oportunidade de ouvir um pouco sobre a teoria Humanista de Carl Rogers. No final, a palestrante deixou-nos um texto para reflexão sobre as mudanças e possibilidades que estão ao nosso alcance; mais do que isso, nossas possibilidades de crescimento como pessoas. Não posso deixar de comentar a força das palavras de tal poema e, por isso mesmo, decidi partilhar com meus leitores, com a finalidade de que possamos ressignificar aquilo que precisamos modificar em nossas vidas. Assim, que tenhamos a humildade de reconhecer nossas falhas e as falhas alheias, além de mudar o que precisa ser mudado. Portanto, mudanças se farão necessárias e com elas o medo do desconhecido ou um retorno ao antigo, mudando as nossas concepções que podem estar engessadas por nossas "convicções" que porventura podem atrapalhar em nosso aprendizado ou desaprendizado!! Que possamos não apenas lê-lo, mas refletir sobre o mesmo!!



APRENDENDO A DESAPRENDER


Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender… praticamente tudo.Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito “sabe-tudo”. Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.


Martha Medeiros.
A vida é bela!!

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