terça-feira, 29 de setembro de 2009

Caminhos


As sacolas que eu carregava, tornaram-se pesadas demais...

Eram pedras que doíam-me às costas

Tornaram-me cansado, desmotivado

Claudicante...

Hoje, pretendo fazer delas um caminho para trilhar o futuro

Encher de flores e regá-las sempre...


Aurivar Fernandes Filho (29/09/09)

sábado, 26 de setembro de 2009

VILAREJO - MARISA MONTE

Hoje, ouvindo a Itapema FM, deparei-me com a música anteriormente postada e esta que posto o vídeo, para que meus leitores possam refletir sobre sua letra e a profundidade da mensagem!!


A vida é bela!!

ESQUADROS...




...meu amor, cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado...

Adriana Calcanhoto.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Poemas de Cora Coralina



Trago aos meus leitores a simplicidade das palavras de uma grande mulher!!


HUMILDADE

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.



SABER VIVER


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar.



A vida é bela!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PRIMAVERA


De Cecília Meireles


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Fonte: Extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

domingo, 20 de setembro de 2009

POESIAS DE CARLOS DRUMOND DE ANDRADE


Trago hoje para os meus leitores, algumas poesias de Carlos Drumond de Andrade que me tocaram muito!! Apreciem...


A UM AUSENTE


Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescênciade viver e explorar os rumos de obscuridades em prazo sem consulta sem provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.

Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si, o ato que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti, de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza, nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste.



Carlos Drumond de Andrade.



AS SEM-RAZÕES DO AMOR


Eu te amo porque te amo,

Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça e com amor não se paga.

Amor é dado de graça, é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.


Carlos Drumond de Andrade.

sábado, 19 de setembro de 2009

EU!!!


Hoje, na beira da praia... eu chorei!!

Olhei para o mar, para o céu...

Refleti, sonhei, sofri!!

Chorei e questionei tanta coisa...

A validade das coisas, a precisão da vida

O momento,

O futuro,

Eu...

AURIVAR FERNANDES FILHO (19/09/09)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TOBOGÃ DE SENSAÇÕES!!


Ouço uma música e recito-a baixinho...

Olho pela janela e vejo o céu nublado, cinzento...

Dias passam e vidas também...

Num tobogã de sensações que vão e vêm...

Pensar...

Ousar...

Mudar...

Sorrir...

Descobir-se...

Ser feliz!!
AURIVAR FERNANDES FILHO (17/09/09) ÀS 11:29h.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

REVOLUÇÃO DA ALMA



Ninguém é dono da sua felicidade.


Por isso, não a entregue nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.


Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.


A razão da tua vida és tu mesmo.


A tua paz interior é a tua meta!


Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, leva o pensamento para os teus desejos mais íntimos e procura a divindade que existe em ti...


Para de colocar tua felicidade cada dia mais distante.


Não coloques objetivos longe demais de tuas mãos, abraca os que estão ao teu alcance hoje.


Se andas desesperado por problemas financeiros, por amor ou por conflitos, procura em teu interior a resposta para acalmá-los.


Tu és reflexo do que pensas diariamente.


Um sorriso no rosto é um bom começo!


Tu estará afirmando para ti mesmo, que está "pronto" para ser feliz.


Trabalha, trabalha muito a teu favor.


Pare de esperar a felicidade sem esforços.


Pare de exigir das pessoas aquilo que nem tu conquistas-te ainda.


Critique menos, trabalha mais.


E, não te esqueças nunca de agradecer.


Agradeça tudo que está em tua vida nesse momento, inclusive a dor.


Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja...


Por fim, acredita que não estaremos sozinhos em nossas caminhadas, um instante sequer...


Se nossos passos forem dados em busca de justiça e igualdade!




ARISTÓTELES.
P.S.: Em homenagem à minha irmã Gui...que me presenteou com tal mensagem!Te amo!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ALEGRIA!!


DEDICO O DIA DE HOJE A TODOS AQUELES QUE MERECEM E PROCURAM A FELICIDADE OU ALEGRIA NA VIDA;

AOS QUE AMAM E MERECEM SER AMADOS;

AOS QUE BUSCAM E APÓS LONGOS PERÍODOS DE ESPERA...ENCONTRAM!!!

DEDICO AOS QUE ME INFLUENCIARAM SOBREMANEIRA...

AOS QUE AMEI, AOS QUE AMO E OS QUE AMAREI POR TODA MINHA VIDA!!

DEDICO A VOCÊ EM ESPECIAL...

A TODOS AQUELES QUE LEREM ESSE POEMA
E QUE TAIS PALAVRAS POSSAM EXALAR A ALEGRIA QUE SINTO AGORA E QUE EXPRESSO PAULATINAMENTE POR MEIO DOS SENTIMENTOS E VIDA...



AURIVAR FERNANDES FILHO (15/09/09) ÀS 11:12h.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

APRENDENDO A DESAPRENDER


Hoje na aula de TTP 3 (Teorias e Técnicas Psicoterápicas), tive a oportunidade de ouvir um pouco sobre a teoria Humanista de Carl Rogers. No final, a palestrante deixou-nos um texto para reflexão sobre as mudanças e possibilidades que estão ao nosso alcance; mais do que isso, nossas possibilidades de crescimento como pessoas. Não posso deixar de comentar a força das palavras de tal poema e, por isso mesmo, decidi partilhar com meus leitores, com a finalidade de que possamos ressignificar aquilo que precisamos modificar em nossas vidas. Assim, que tenhamos a humildade de reconhecer nossas falhas e as falhas alheias, além de mudar o que precisa ser mudado. Portanto, mudanças se farão necessárias e com elas o medo do desconhecido ou um retorno ao antigo, mudando as nossas concepções que podem estar engessadas por nossas "convicções" que porventura podem atrapalhar em nosso aprendizado ou desaprendizado!! Que possamos não apenas lê-lo, mas refletir sobre o mesmo!!



APRENDENDO A DESAPRENDER


Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender… praticamente tudo.Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito “sabe-tudo”. Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.


Martha Medeiros.
A vida é bela!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

GUERREIRO MENINO!!











DEDICO ESSA MÚSICA A TODOS OS HOMENS QUE TIVEREM A OPORTUNIDADE DE LER MEU BLOG!!
É A PRÓPRIA EXPRESSÃO DO PESO DA MASCULINIDADE HEGEMÔNICA...
QUE OPRIME E CASTRA O HOMEM NOS SEUS SENTIMENTOS.




GUERREIRO MENINO

Um homem também chora


Menina morena

Também deseja colo

Palavras amenas

Precisa de carinho

Precisa de ternura

Precisa de um abraço

Da própria candura

Guerreiros são pessoas

São fortes, são frágeis

Guerreiros são meninos

No fundo do peito

Precisam de um descanso

Precisam de um remanso

Precisam de um sonho

Que os tornem perfeitos

É triste ver este homem

Guerreiro menino

Com a barra de seu tempo

Por sobre seus ombros

Eu vejo que ele berra

Eu vejo que ele sangra

A dor que traz no peito

Pois ama e ama

Um homem se humilha

Se castram seu sonho

Seu sonho é sua vida

E a vida é trabalho

E sem o seu trabalho

Um homem não tem honra

E sem a sua honra

Se morre, se mata

Não dá pra ser feliz

Não dá pra ser feliz.


Composição: Gonzaguinha


A VIDA É BELA!!

HOJE!!




Hoje, decidi mudar!!


Sair de mim, enloquecer,


Dar um tempo ao tempo,


Ao medo, as dores, à solidão...


Arrumar a bagunça da casa, do quarto, da vida!!


Tirar as teias de aranha das "gavetas" do meu desconsolo...


Ser quem eu fui, quem eu sou...


Como uma âncora para o que desejo ser


Desamarrar as cordas que me impedem de ser feliz e sorrir com facilidade


Colocar cada coisa em seu lugar,


Ressignificar o que necessita ser mudado, posto de lado e esquecido...


Perceber as pessoas que me amam e aceitar as que me desejam distante!!!


Hoje!! Não amanhã...






Aurivar Fernandes Filho (07/09/09)




P.S.: Escolhi a foto do por-do-sol por adorar o lilás do fim de tarde e por ser um momento de reflexão sobre o dia!!


O TEMPO PASSA!!


A vida é curta,

Quebre regras,

Perdoe rapidamente,

Beije lentamente,

Ame de verdade,

Ria descontroladamente e nunca pare de sorrir, por mais estranho que seja o motivo,

E lembre-se que não há prazer sem riscos.

A vida pode não ser a festa que esperávamos,

Mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar!!!

Aprecie....




P.S.: Em homenagem à minha irmã Gui, que me enviou ontem esse email. Bj, te amo!!

domingo, 6 de setembro de 2009

O TEMPO - MÁRIO QUINTANA




Com o tempo...


Você vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela...


Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.


O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando...


Mas quem estava procurando por você!"








P.S.: Em homenagem à minha irmã, Denise, que me fez lembrar desse poema ontem, após nossa conversa!!Te amo!!

sábado, 5 de setembro de 2009

Caetano Veloso


Agora, ouvindo Caetano Veloso, não posso deixar de escrever sobre esse cantor que marcou e marca a MPB!! Desde o período da Tropicália (momento da repressão) em que lutou pela liberdade de expressão junto com outros grandes cantores brasileiros e foi exilado em Londres, trouxe-nos grandes canções carregadas de belas letras e profundida dops sentimentos. A história da visita de Roberto e Erasmo Carlos a ele e Gil, após cantar a música Estrada de Santos, fez com que este chorasse com saudades de seu país de origem.

Mais do que isso, sempre mostrou o seu amor e sua apreciação também pela Bahia - haja vista, inúmeras músicas em homenagem à boa terra. Cresci ouvindo a MPB por causa de minha mãe e aprendi a gostar e apreciá-la. Entretanto, Caetano me chamou mais a atenção, em função do amor pela música e pelas grandes letras que me marcaram sobremaneira em algumas fases de minha vida. O disco que mais marcou-me foi Fina Estampa - espanhol-, por suas letras marcantes e cheias de amor. Desejo convidar os leitores a partilhar desse rol maravilhoso de poemas e canções entrando no site da Rádio UOL: http://b.radio.musica.uol.com.br/radio/index.php?busca=caetano+veloso&param1=homebusca&check=artista.



Deixarei com meus leitores a música que mais me emociona no álbum citado:




Un Vestido Y Un Amor
>> Fito Páez



Te vi... contabas margaritas del mantel

Ya se que te trate bastante mal, no se si eras un angel o un rubi

O simplemente te vi.

Te vi, saliste entre la gente a saludar

Los astros salieron otra vez, la llave de mandala se quebro

O simplemente te vi.

Todo lo que diga esta de mas,las luces siempre encienden en el alma y cuando me pierdo en la ciudad, tu ya sabras comprender

Solo un rato no mas, tendria que llorar o salir a matar.

Te vi, te vi, te vi... yo no buscaba nadie y te vi.

Te vi... fumabas unos chinos en Madrid

Yo se que hay cosas que te ayudan a vivirno hacias otra cosa que escribir

Y yo simplemente te vi.

Me fui... me voy, de vez en cuando a algun lugar

A nadie le hace gracia este pais...

Tenias un vestido y un amor... yo simplemente te vi.

Todo lo que diga esta de mas, las luces siempre encienden en el almay cuando me pierdo en la ciudad, tu ya sabes comprender... solo un rato no mas, tendria que llorar o salir a matar...

Te vi, te vi, te vi...

Yo no buscaba nadie y te vi.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NÃO SEI DIZER!!







Hoje?




Não sei dizer...




Amanhã?




Quem sabe...




O ontem ficou para trás...




Mas há muitas expectativas...




Esperanças renovadas,




Desejos ainda ocultos...




Sentimentos passados, presentes e futuros...




Entretanto... não sei dizer!!!




Aurivar Fernandes Filho (04/09/09)

MUITO OBRIGADO A VOCÊ LEITOR!!


Quando pensei em criar o blog A VIDA É BELA, veio à minha mente criar um espaço onde eu pudesse partilhar sobre a beleza da vida (incluo nisso as dores e dificuldades!) e os meus próprios sentimentos sobre ela, também a respeito de gênero, masculinidade, literatura, arte e psicologia. Aqueles que me conhecem sabem que sou fascinado pela escrita e pela pesquisa (algumas vezes neurótico - hehehe - às vezes!!); assim, fui dando margem à minha imaginação e criei poemas, textos sobre arte, poesia, conto e etc. e, mais do que isso, um lugar onde aqueles que lessem pudessem de alguma forma identificar-se com os textos postados no blog e descobrissem a beleza da vida!!

Fico feliz, pois hoje, o número de visualizações do blog foi de 150 pessoas em menos de um mês. Percebo que as pessoas tem visitado com frequência o mesmo e degustado das palavras de vida ou de minha própria vida!!Assim, imagino que esteja sendo prazeroso para os meus leitores visitá-lo e ler o mesmo!! A você que me acompanha desde o início, que conheceu depois e, mesmo você que entrou agora...MEU MUITO OBRIGADO!! Obrigado por me privilegiar com seus comentários e apoios!! Bejo no coração de vocês!! A VIDA É BELA!!!

FELICIDADE CLANDESTINA




A literatura brasileira é repleta de grandes autores que conseguem expressar - segundo seu estilo -, a cultura, o perfil e as vivências de nossa terra. Em especial, quero trazer aos meus leitores, algumas pontuações minhas quanto ao livro FELICIDADE CLANDESTINA (1998) -contos - da escritora Clarice Lispector.


Fiquei realmente encantado com o primeiro conto, que leva o título do livro; a autora recorda de sua infância em Recife e traz-nos a história de duas meninas, uma que é filha de um dono de livraria (e que não aproveita a oportunidadede sê-la) e a outra que adora ler livros. A segunda, sempre pedia emprestado livros da primeira, porém um livro era de grande interesse tratava-se de um livro grosso chamado As reinações de Narizinho de Monteiro Lobato. A menina sempre dizia que havia emprestado esse livro para alguém e a narradora conta que cada vez que iria buscá-lo, sua colega dava-lhe uma desculpa. Porém, o que mais chamou-me a atenção foram as palavras da autora para descrever a felicidade de si mesma, vejamos: "Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam..." (p. 10, 1998).
Quando finalmente esta consegue o livro, pois a filha do dono da livraria armara um plano diabólico para enganar a autora - foi descoberto e desfeito pela mãe da mesma menina má - ela descreve: "...segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito [...] Chegando em casa , não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim... [...] Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante (p.12, 1998).


Eu fiquei vislumbrado com tais palavras e com a facilidade de associação do livro que a menina não podia ter em função da sua condição financeira, mas pela certeza de que o livro trazia-lhe felicidade, mesmo que clandestinamente por não ser seu. O amor pelo mesmo, a busca para tê-lo mostram para nós o preço que às vezes temos que pagar pela tal felicidade e as pedras no caminho que surgem para acançá-la!! Porém, que sejamos perseverantes como a menina, que ia todos os dias para ver se a "felicidade" lá estava; conseguiu tê-la e, mais do que isso, degustou cada momento em sua posse, mesmo sabendo que a clandestinidade lhe tiraria algum dia. Penso ser a felicidade semelhante ao livro que emprestamos....regada de momentos prazerosos e perfeitos, sem necessariamente atentarmos para o dia em que irá embora ou será levado!!






Fonte: LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.



Aurivar Fernande Filho.

DESPERTAR!!


Olhe pela janela por um minuto e descubra...

Aquilo que você nunca notou...

Que nunca se interessou!!

Observe que a vida passa, as pessoas passam

Sinta o coração bater,

Seu corpo é um emaranhado de sentidos e sensações!!

Toque-se, projete-se no prazer de ser quem és...

Descubra e mostre-se ao mundo!!

Desperte e viva!!


Aurivar Fernandes Filho (04/09/2009)

FORMAS E CORES



Penso nas formas e variações em que os objetos mostram-se


O quadrado da janela,


O retangular da geladeira, da cama, dos armários,


O redondo do sol - que hoje está escondido pelas nuvens carregadas de chuva.


Penso assim....
Nas formas como que vemos a vida e na intensidade das cores que vislumbramos ou associamos nossos sentimentos...


A vida que florece nas cores das frutas e flores...


Nao rosto das pessoas, suas atitudes e sua relação para consigo mesmo e com os outros!!


Que relação intrinseca estabelecemos com o mundo ao nosso redor...


De entendimento, associação e às vezes, culpa!!


Aurivar Fernandes Filho (04/09/09)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

EIS O ABRAÇO!!


Corpo frio, carente e desalentado

Uma necessidade de entregar-se, doar-se

A busca da metade faltante... a falta que consome, arde, pulsa e apavora

O medo do ficar só, do estar só, do morrer só,

Da solidão, do frio, do vazio...

Olhar para trás me assusta!! Atormenta-me, corrói....

Olhar para frente... desilude-me, causa-me estranhamentos, incertezas, mais vazio...

O quarto onde estou é espaçoso, branco, vazio...

Mudei-me daqui...nada aqui mais pertence-me!!

As únicas coisas que são minhas de direito? As lembranças...

Os risos, as lágrimas, o aprender, o sofrer, o conhecer-me, o desconhecer-me... o aprisionamento no olhar do outro...

Mais do que isso, as minhas fantasias, a saudade, a esperança...

A simplicidade ou necessidade de um querer,

A procura de braços que me envolvam num abraço!!

O entrelaçamento de vidas, sentidos e sentimentos!!

A percepção olfativa que detecta o cheiro, o corpo, a fragilidade humana e a entrega de si mesmo...

Corpos que se tocam, mostram-se, trocam...deixam um pouco de si e levam um pouco consigo...

A beleza e singularidade da vida...

Eis o abraço...



Aurivar Fernandes Filho (02/09/09)



CANSAÇO...


Dia nublado, ensolarado...

Me sinto perdido, desiludido, cansado...

Luta para quê?Por quem? Existe alguma coisa realmente importante?

O que vale a pena?

Sonhar?Amar?Lutar?Perserverar?

Doar-se?

Entregar-se?

Aspectos que me remetem à dor, ao sofrimento, ao desalento, à delisusão... ao cansaço!!!

A um corpo dolorido, fraco para levantar os braços

Para abrir a boca e pedir socorro,

Repetir aquilo que não é compreendido, respeitado, acalentado nos braços da saudade, do perdão...

Levantar para quê?

Me sinto cansado...

Falar para quem?

Me sinto cansado...

Mas cansado de quê? Me perguntas...

De ser quem sou? Talvez...

Agir como ajo? Quem sabe...

Ter vivido o que vivi? Possível..

Estar onde estou? Provável...

Ser intenso nas emoções? Questionável...

Almejar o que não me é mais possível, de modo perene? Silêncio...

Buscar ser compreendido, quando sou mal interpretado? Certeza...

Cansaço!!



Aurivar Fernandes Filho (02/09/2009)