segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
MINHA DESPEDIDA!!!
Preciso de tempo...
Vou sair pelo mundo...
Vou viajar...Estudar..
Vou curar as feridas da alma...
E também do coração....
Vou analisar o mundo, os Astros...
Mas levo todos vocês em meu coração...
Vou deixar a porta aberta para quem quiser...
Visitar-me e deixar o seu recado...
Onde quer que eu esteja...
Sempre que der passarei para lhe visitar...
Sou errante...Viajante do tempo...
Eu sou como o vento...
Apenas eu passo...
Se sentires um leve aroma de jasmim....
Serei eu que estarei chegando...
Pra matar minha saudade...
Dos amigos que aqui deixei...
Vou passar na Argentina...
Vou dançar um tango de Gardel...
Vou levar meu violão...
Vou rimar meus versos...
Vou ouvir meu coração...
Vou apreciar a natureza...
Vou observar o colorido das flores...
Vou melhorar meu visual...
Vou aos anjos agradecer...
Não é um adeus...Apenas uma partida...
Na vida precisamos inovar novos caminhos...
E eu ainda sou uma mera aprendiz...
Vania Staggemeier
OBS.: Em homenagem ao meu sobrinho Rodrigo, que gentilmente enviou-me tal poema!
terça-feira, 21 de setembro de 2010
DECISÕES
domingo, 19 de setembro de 2010
REFLEXÃO!
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
REFLEXÃO!
RETORNO
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A IMPORTÂNCIA DE SER VOCÊ MESMO!!
O VALOR DAS PEQUENAS COISAS
sexta-feira, 26 de março de 2010
REFLEXÃO DO DIA
domingo, 21 de março de 2010
PERDOANDO DEUS
Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso “fosse mesmo” o que eu sentia – e não possivelmente um equívoco de sentimento – que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama ao que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.
E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos.
Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era inútil. Pelo menos a contigüidade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que precise ser lembrada de que dentro de tudo há o sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro como eu o admiro e o quero, sou demais o sangue para esquecer o sangue, e para mim a palavra espiritual não tem sentido, e nem a palavra terrena tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o coração fechado, minha decepção era tão inconsolável como só em criança fui decepcionada. Continuei andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria a vingança. Mas que vingança poderia eu contra um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até com um rato esmagado poderia me esmagar? Minha vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual seria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não estava mais. Em mim é que eu não O via mais.
Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, é assim? pois então não guardarei segredo, e vou contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou contar – não conte, só por carinho não conte, guarde para você mesma as vergonhas Dele – mas vou contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação.
… mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo.
Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de “mundo” esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que “Deus” é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
Clarice Lispector in: Felicidade Clandestina
BONS AMIGOS
segunda-feira, 1 de março de 2010
Aprendi com o silêncio a vencer os meus medos ,
A aguçar meus ouvidos e, assim, perceber os mais simples sons da natureza
A observar e contar as estrelas do céu!
Ressignificar a escuridão da noite, a percepção do dia...
A entoar o cântico da alma, do coração...do interior,
A compreender o outro, a dimensionar a dor alheia
Desvencilhar-me do orgulho
Desapropriar-me da palavra MEU e a dividir através da palavra NOSSO
A olhar-me no espelho da consciência
Deparando-me com o feio para saber que o belo está lá...por detrás do invisível
A entender a magnitude da vida e o significado das experiências vividas
Que tantas vezes nos parecem dolorosas, intensas, frias...
Mas que se revelam cheias de sentido e amor...
Propósitos, caminhos e finalidades...
Um caminho de perspectivas e esperanças...
Verdades, paz e bem...
AURIVAR FERNANDES FILHO 1º/03/2009 ÀS 21:20H
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
BLOG: SPA DO LIVRO
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
DEDICO AOS MEUS AMIGO!!!!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
"Com o olhar tudo vem acompanhado...": representações sociais da masculinidade em Florianópolis
MASCULINIDADE
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
SOLAR DO UNHÃO
O Solar sedia o Museu de Arte Moderna, que conta com um acervo de arte contemporânea, com cerca de mil obras, o qual destacamos os trabalhos de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari Di Cavalcanti, Carybé, Mário Cravo e Sante Scaldaferri.
Na área externa, o visitante encontra o chamado Parque das Esculturas, uma exposição a céu aberto inaugurada em 1997. À beira-mar encontram-se obras contemporâneas de autoria de Bel Borba, Carybé, Chico Liberato, Emanoel Araújo, Mestre Didi, Tati Moreno, dentre outros.
domingo, 17 de janeiro de 2010
O PEQUENO PRÍNCIPE E A CONTEMPORANEIDADE
Isso nos faz pensar na atenção exacerbada que damos aos números; mais do que isso, o significado da beleza e a inversão de valores os quais estão à nossa volta. Logicamente não podemos deixar de pensar que as pessoas grandes das quais o autor cita e as questões ligadas à amizade, dizem respeito também a preocupação com os amigos e a influência deste na vida dos filhos - numa leitura ao pé da letra -, porém, a visão a ser ampliada sobre o tema em questão, remete-nos a um olhar simbólico das palavras - e por que não literal? - haja vista serem as coisas simples que no período da infância (fantasia, simplicidade, lúdico, sonhos, etc) deixamos para trás com o amadurecimento.
Fonte: SAINT-EXUPÉRY, Antonie de. O pequeno príncipe. Tradução de Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 2006.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
CONHECENDO CARYBÉ
Visitar Salvador e, mais ainda, conhecer a arte e a expressão cultural nos seus vários museus e nos painéis pintados a céu aberto, levam sempre a conhecer alguns artistas de renome; muitos deles expressaram seu amor à Bahia de forma esplendorosa, como por exemplo, Carybé.
Seu nome era Hector Julio Páride Bernabó (Lanús Argentina 1911 - Salvador BA 1997). Foi pintor, gravador, desenhista, ceramista, escultor, muralista. Freqüentou o ateliê de cerâmica de seu irmão mais velho, Arnaldo Bernabó, no Rio de Janeiro, por volta de 1925. Estudou também na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro, de 1927 a 1929.
1941 e 1942, realizou viagem de estudos por vários países da América do Sul. De volta à Argentina, junto com Raul Brié, traduziu para o espanhol o livro Macunaíma, de Mário de Andrade (1893-1945), em 1943.
Nesse mesmo ano, realizou sua primeira individual na Galeria Nordiska, em Buenos Aires; assim, em Salvador, freqüentou aulas de capoeira, visitou candomblés e realizou desenhos e pinturas, em 1944. Auxiliou de igual modo na montagem do jornal Diário Carioca, em 1946, sendo chamado depois, por Carlos Lacerda, para trabalhar no jornal Tribuna da Imprensa, entre 1949 e 1950. Nesse mesmo ano, com recomendação feita do escritor Rubem Braga (1913-1990) ao
Secretário da Educação do Estado da Bahia, Anísio Teixeira (1900-1971), mudou-se para a Salvador, com a finalidade de produzir painéis para o Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque).
Na Bahia, participou ativamente do movimento de renovação das artes plásticas, ao lado de Mario Cravo Júnior (1923), Genaro (1926-1971) e Jenner Augusto (1924-2003). Em 1952, atuou como figurante, como diretor artístico e faz os desenhos de cenas do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto.
Em 1957, naturalizou-se brasileiro. Autor e co-autor de vários livros, publicou em 1981, após 30 anos de pesquisa, Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, pela Editora Raízes. Como ilustrador, executou trabalhos para livros de autores de grande expressão, como Mário de Andrade, Gabriel Garcia Marquez, Jorge Amado (1912-2001) e Pierre Verger (1902-1996).
SUAS OBRAS:
Suas obras, tanto pinturas como desenhos, esculturas e talhas, refletem a chamada baianidade, através da representação do cotidiano, do folclore e de suas cenas populares. Em 1955, foi escolhido como o melhor desenhista nacional na III Bienal de São Paulo. Inspirado pela cultura afro-brasileira, no início da década de 1970 dedicou-se a fazer talhas que focalizavam seus rituais e orixás, em obras como Festa de Nanã, Alá de Oxalá, Ajerê e Pilão de Oxalá. Em seus desenhos e aquarelas, predominam a cor sépia, como no álbum Sete portas da Bahia. Além desses trabalhos, destacou-se pela criação de murais, hoje expostos em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Montreal, Buenos Aires e Nova York.